
Mas está aí o fim do ano!
Não resisti a escrever umas poucas linhas sobre o assunto.
Vou falar de algumas das inutilidades desta época tão especial.
No fim do ano todos se desdobram em análises, sumas, reflexões, desejos, votos e outras tretas.
Para quê?
Alguém tem dúvidas de como vai ser o próximo ano?
Cheio dos mesmos problemas, com a mesma gente deste ano a dar-nos cabo da cabeça.
E aquela coisa de desejarmos “Um bom ano e boas entradas”?
Acho uma patetice pregada e eu nem sei o que hei-de responder quando levo com uma destas.
O bom ano, vá lá, dou de barato, mas boas entradas?!
As que eu tenho já são suficientes, obrigadinho.
Afinal é só mais uma noite. Sim! Eu sei. Cheia de maluquices, álcool e outras substâncias, conduções mais ou menos perigosas, gajas e gajos aos gritos e a dançar até cair para o lado e acordar numa cama que nem conhecem...mas isto é o que a malta faz todas as sextas ou sábados à noite!
E quanto ao desejo de entrar no novo ano, hum...isso nem me parece muito boa ideia.
Vocês não ouvem os senhores da TV a dizer que 2009 vai ser muito mau, o pior de todos, que vamos andar todos de calças na mão (excepto se formos banqueiros, políticos ou altos funcionários de empresas do estado...ou da Mota Engil).
Vamos querer mudar de ano para quê?
Não me digam que não ouviram o sr. “Calado” Silva a falar do enorme problema do estatuto dos Açores. Habituado a nada dizer sobre tudo o que é questionado, a baba e ranho que o sr. chorou frente aos portugueses, em plena hora de ponta televisiva.
“Estão a ver o que estes malandros do parlamento me fizeram, (fungadela) estes malvados (limpa as lágrimas e funga outra vez), obrigam-me a cada coisa...logo eu que tinha preparado um discurso cheio de esperança e de azul para a mensagem de ano novo. Estes malvados estragaram-me o discurso (outra fungadela e passa o lenço de pano pelo nariz) agora o que é que eu vou dizer?
Afinal quem sou eu neste país de maltrapilhos?
O que faço aqui?”
São perguntas, meu caro sr. professor, a que ninguém sabe responder.
Apesar de tudo, muito boa gente, confia em 2009.
Vamos ter eleições. Ena! Ena! Um cesto cheio.
Vamos ter os casos da justiça, mais mediáticos, resolvidos. Ena! Ena! Que velocidade.
Penso, sinceramente, que o que vamos ter é mais merda e moscas iguais a este ano que agora acaba.
Também é uma inutilidade as mensagens SMS que enviam a desejar tudo a todos.
Isto só serve para engordar os bolsos das empresas de telecomunicações! Ok?
Muito mais teria para dizer, mas tenho de ser breve, vou agarrar-me um pouco mais a este 2008.
Desejo-vos uma boa noitinha de quarta para quinta-feira.