segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Bendita Crise


Estou um bocadito farto desta farsa da crise!
Eu sei que para alguns o que direi será uma heresia, mas desculpem lá o meu mau feitio.
Apesar de ter um certo sentimento de atracção pelo mundo dos números, confesso que há coisas que me mexem com os cordelinhos que tenho dentro da cachimónia.
Então se estamos no meio de uma gravíssima crise, de carácter mundial e tudo, e se andam os economistas (astrólogos do sistema e arautos da desgraça) às voltas com as previsões - quase sempre erradas, porque é que eu acho que o povo até em razões para agradecer.
Eu explico.

Os políticos (com p pequeno e até os que têm P grande, conforme o que disse uma deputada do PS, sobre as faltas dos deputados, de quem não me lembra o nome, mas também não importa, é bonita e devia aparecer mais vezes a falar de qualquer coisa mesmo que sejam parvoíces, porque a uma mulher assim perdoa-se tudo e eu nem sabia que o PS tinha deputadas daquele “calibre” sejam mulheres com P pequeno ou grande).
Dizia eu, e para sintetizar, os políticos, os economistas, os especuladores, os aproveitadores, ex-maoístas, e outros que tal, andam numa lufa-lufa de reuniões, cimeiras e outras sessões, preocupadíssimos com a crise. Tentam, por todos os meios reais e imaginários, dar a volta ao arco do tempo e resolver este problema como se fosse a última coisa que quisessem fazer em vida.
Mas vão com calma!
Por favor não tenham pressa!

É que eu acho que o povo até está a gostar desta coisa a que V. Excias. determinaram chamar de crise.
Então o preço do petróleo não está melhor?
A gasolina e o gasóleo não estão mais baratos?
As lojas não estão a baixar o preço especulativo que ostentavam nos rótulos?
Não voltámos a ter frutas e legumes mais baratos, apesar de mais pequenos?
Pois, está bem, continuamos a ganhar o mesmo.
Mas nós já ganhávamos mal!

A crise é realmente sentida por quem a teima a enfiar pelos nossos olhos.
Quem verdadeiramente tem medo desta crise são os bancos e banqueiros, os senhores do dinheiro e outros poderosos. Aqueles a quem o governo se apressou a estender as mãos cheias de milhões, não fossem os coitadinhos ter de passar a jantar em casa como toda a gente.
Tenho para mim que a crise poderá ser uma invenção dos ricos para subjugar os pobres.
Penso, ainda, que, ou é de mim, ou o povo até está a gostar desta crise.
Mas serei só eu?

1 comentário:

Gi disse...

Crise? Que Crise? Já diziam os Supertramp(a).