sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Vai e sorri, mesmo que seja por coisa nenhuma.


Uau! Vieste de salto alto.
Gosto de ti assim...
Vestida e calçada para arrasar!
Hei! Espera!
Não fujas.
Disse alguma coisa que te magoou?

Ainda bem! Estava a ficar preocupado.
Não vás assim tão depressa. Assim não consigo acompanhar-te.
Pára!
Olha para mim!
Deixa-me falar-te nos olhos.
Um bom dia para nós já não chega.
Estás bem?

Claro que me preocupo contigo! Mas que raio de pergunta é essa?
Afinal, vivemos ou não uma vida a dois?
Concordo que apenas vivemos estes nossos cruzamentos temporais, mas são nossos, só nossos estes momentos.
Porque foges?
Porque teimas em esconder-te?

Cheio de perguntas?
E tu.
Vazia de respostas.

Sabes?
Estava para aqui encostado, neste muro de musgo, à tua espera.
Não que o fizesse conscientemente, mas quase empurrado pelo desejo de voltar a ver-te, nem que fosse só mais uma vez.
Claro que não tinha certeza de nada. Quem tem?
Mas enganava a minha realidade com o meu querer. E como vês, concretizou-se.

Sorte?
A sorte não se organiza assim desta maneira, não há fórmula matemática para a sorte.
Eu pensei...

Claro que penso em ti.
Posso não o fazer 24 horas por dia, mas sim! Penso em ti.
Penso que um dia estes nossos momentos serão mais do que isso, breves momentos.
Afinal o que é um momento?
É aquilo que quisermos.
Não podemos sistematizar a sorte, mas poderemos sempre dilatar o instante.

Confessa que também sentes falta destes nossos efémeros encontros.
Aposto que sempre que viras aquela esquina, temes que eu não esteja aqui, pronto para te suster.

Convencido?!
Como posso ser convencido, se só tu paras para me ouvir?
Olha para os outros.
Vês alguém?

Sim, sei que são muitas pessoas.
Mas vês alguém?
Não sentes o vazio que transportam.
Corpos em mentes de nada.
Caras fechadas, sem desenho do menor sentimento, como espíritos abandonados vagueando num mar sem intuição, percepção, sem mágoa...sem um sorriso.
Sabes quanto custa um sorriso?

Viste?
Não custa nada.
Ficas linda assim.
Vai e sorri, mesmo que seja por coisa nenhuma.
E quando voltares a dobrar aquela esquina, não precisarás que eu esteja aqui para te fazer sorrir.
Adeus semana, até para o ano.


O meu sorriso de hoje vai para a minha afilhada Sara.
Que sejas muito feliz.

4 comentários:

Sónia Costa disse...

Um sorriso não custa nada e alegra muita gente, não é assim?
Como diria uma amiga minha, é a maneira mais económica de fazer um tratamento de beleza. Porque um sorriso verdadeiro estampado no rosto é sem dúvida das cenas mais belas de se apreciar.
Um sorriso para si também.
Bom fim de semana.

NI disse...

E para a mãe da afilhada, não vai nada?

Mau...


:-)))

Beijos

Si disse...

Que a vida te traga sempre sorrisos rasgados, gargalhadas destemperadas, disposições desatinadas, para que a semana que se foi seja sempre a pior das que vêm a seguir.
Sorrisos para a famelga toda : ) : )

Patti disse...

Que a vida seja sempre cheia de quem olhe por nós, de surpresas, esperas felizes e momentos certos.